O Centro Cultural UFMG convida para a abertura da exposição individual ‘Insegurança Pública’, do artista visual Riel. A mostra reúne treze pinturas e duas esculturas que retratam o legado do autoritarismo militar no Brasil, ainda constante na política e no cotidiano da população.
A exposição ‘Insegurança Pública’ coloca o autoritarismo brasileiro no centro do debate e retoma uma arte política e engajada das décadas de 1960 e 1970 que combateu e denunciou a ditadura. No entanto, propõe uma abordagem nova ao centrar seu trabalho na denúncia explícita, como que para estampar diretamente para o expectador as mazelas desse traço histórico.
Em todas as telas, a presença de militares, da polícia ou do Exército, surge em confrontos ou em imagens marcantes de referência histórica. A fusão temporal, em que alguns aspectos e personagens são obscurecidos, reforça a marca do autoritarismo, que persiste na política brasileira, mas também no dia a dia da população.
A denúncia de Riel retoma ícones do passado e os redimensiona: o cavalo de Deodoro da Fonseca, a imagem do índio carregado no pau de arara num desfile militar em Belo Horizonte durante a ditadura e a prisão de jovens em confronto com a polícia. No entanto, esse resgate não é aleatório e traz elementos de sua própria vivência como jovem da periferia, em que assistiu ‘os mais pretos’ sofrerem mais discriminação. O artista transpõe sua indignação para as telas, substituindo personagens das fotografias por pessoas próximas, mantendo os rostos dos agentes públicos de segurança borrados, apontando para a impunidade da violência policial.
Ao mesclar passado e presente, o artista reforça a necessidade de lidar com o tema da memória e aponta para a forte herança do autoritarismo na sociedade atual. A violência do Estado segue atuante, com militares reprimindo manifestações, assassinando jovens negros das periferias, oprimindo trabalhadores, moradores de favelas e populações minoritárias.
Se as telas explicitam a violência, as duas esculturas que compõem a exposição fazem menções ao jogo de passado e presente de maneira sutil. ‘Ossadas’, composta de peças de barro cobertas de tinta negra, é uma referência ao Cemitério de Perus, na Zona Norte de São Paulo, onde mais de 1.000 vítimas da ditadura foram sepultadas clandestinamente pelo regime militar. A tinta negra, que não reflete luz, traz à tona o apagamento da memória sobre a violência do período ditatorial e busca refletir sobre os desaparecidos, assassinados e torturados pelo Estado por se contrapor ideologicamente à política dos militares.
A outra escultura, ‘Constituição’, é também uma denúncia sobre a Carta Magna brasileira, que sofre constantes ataques e tem sido descaracterizada por sucessivas violações, corte de direitos e conquistas de sua essência cidadã. Símbolo da democracia brasileira, a produção em aço resiste, mas apresenta ranhuras, desgaste e marcas de bala, numa alusão aos retrocessos sofridos desde 1988, quando foi promulgada.
As obras de Riel abordam temas urgentes e trabalham temas muito caros à sociedade brasileira. Em um momento em que a democracia sofre constantes ataques, a memória sobre a ditadura é questionada e a violência policial segue matando e reprimindo impunemente, o questionamento de um artista da periferia é um alento e uma voz importante de indagação do status quo. Como seus personagens que resistem e enfrentam a truculência policial, sua arte é uma bandeira na luta em defesa de valores imprescindíveis para uma sociedade mais justa e pacífica.
Localização
Centro Cultural UFMG
Avenida Santos Dumont, 174 – Centro
Exposição individual: ‘Insegurança Pública’
lagoadapampulha
O Centro Cultural UFMG convida para a abertura da exposição individual ‘Insegurança Pública’, do artista visual Riel. A mostra reúne treze pinturas e duas esculturas que retratam o legado do autoritarismo militar no Brasil, ainda constante na política e no cotidiano da população.
A exposição ‘Insegurança Pública’ coloca o autoritarismo brasileiro no centro do debate e retoma uma arte política e engajada das décadas de 1960 e 1970 que combateu e denunciou a ditadura. No entanto, propõe uma abordagem nova ao centrar seu trabalho na denúncia explícita, como que para estampar diretamente para o expectador as mazelas desse traço histórico.
Em todas as telas, a presença de militares, da polícia ou do Exército, surge em confrontos ou em imagens marcantes de referência histórica. A fusão temporal, em que alguns aspectos e personagens são obscurecidos, reforça a marca do autoritarismo, que persiste na política brasileira, mas também no dia a dia da população.
A denúncia de Riel retoma ícones do passado e os redimensiona: o cavalo de Deodoro da Fonseca, a imagem do índio carregado no pau de arara num desfile militar em Belo Horizonte durante a ditadura e a prisão de jovens em confronto com a polícia. No entanto, esse resgate não é aleatório e traz elementos de sua própria vivência como jovem da periferia, em que assistiu ‘os mais pretos’ sofrerem mais discriminação. O artista transpõe sua indignação para as telas, substituindo personagens das fotografias por pessoas próximas, mantendo os rostos dos agentes públicos de segurança borrados, apontando para a impunidade da violência policial.
Ao mesclar passado e presente, o artista reforça a necessidade de lidar com o tema da memória e aponta para a forte herança do autoritarismo na sociedade atual. A violência do Estado segue atuante, com militares reprimindo manifestações, assassinando jovens negros das periferias, oprimindo trabalhadores, moradores de favelas e populações minoritárias.
Se as telas explicitam a violência, as duas esculturas que compõem a exposição fazem menções ao jogo de passado e presente de maneira sutil. ‘Ossadas’, composta de peças de barro cobertas de tinta negra, é uma referência ao Cemitério de Perus, na Zona Norte de São Paulo, onde mais de 1.000 vítimas da ditadura foram sepultadas clandestinamente pelo regime militar. A tinta negra, que não reflete luz, traz à tona o apagamento da memória sobre a violência do período ditatorial e busca refletir sobre os desaparecidos, assassinados e torturados pelo Estado por se contrapor ideologicamente à política dos militares.
A outra escultura, ‘Constituição’, é também uma denúncia sobre a Carta Magna brasileira, que sofre constantes ataques e tem sido descaracterizada por sucessivas violações, corte de direitos e conquistas de sua essência cidadã. Símbolo da democracia brasileira, a produção em aço resiste, mas apresenta ranhuras, desgaste e marcas de bala, numa alusão aos retrocessos sofridos desde 1988, quando foi promulgada.
As obras de Riel abordam temas urgentes e trabalham temas muito caros à sociedade brasileira. Em um momento em que a democracia sofre constantes ataques, a memória sobre a ditadura é questionada e a violência policial segue matando e reprimindo impunemente, o questionamento de um artista da periferia é um alento e uma voz importante de indagação do status quo. Como seus personagens que resistem e enfrentam a truculência policial, sua arte é uma bandeira na luta em defesa de valores imprescindíveis para uma sociedade mais justa e pacífica.
Localização
Avenida Santos Dumont, 174 – Centro
Informações
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Horários
Sábados, domingos e feriados: 9h às 17h
Entrada Gratuito
Via: Exposição individual: ‘Insegurança Pública’
Telefones Úteis de Belo Horizonte – Confira os principais telefones da Cidade.
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Bombeiros: 193
CEASA: 0800.315.859
CEDEC: 3236.2100
CEMIG: 0800.310.196
Centro Municipal: 3277.9777
CIT – Centro de Informações Toxicológicos: 3224.4000
COPASA: 195
Corpo de Bombeiros: 193
Correios: 159
CVV – Centro de Valorização da Vida: 3334.4111 ou 141
Defesa Civil: 199 / (31)3911.9439
DETRAN / MG: 3236.3501
Disque Denúncia: 181
Disque Direitos Humanos: 0800.311.119
Disque Ecologia: 1523
Disque Escola Segura: 0800.300.190
Disque Limpeza SLU: 3277.9388
Disque PROCOM: 3277.4548 ou 1512
Disque Sossêgo (24 horas): 3277.8100
Disque Tapa-Buracos: 3277.8000
Disque Turismo: 1677
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Empresa Municipal de Turismo: 3277.9797
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GAPA / MG: 3271.2126
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Instituto Médico Legal: 3236.3128
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Prefeitura Municipal: 156
PrevFone – Previdência Social: 0800.780.191
Primeiro Batalhão (1º BPM/PMMG): 3307.0300
Procon: 1512
Pronto Socorro: 192
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S.O.S Crianças: 0800.283.1244 (Centro de Referência-Denúncia)
SENAC: 0800.724.4440
SINE/MG: 2123.2415
Sudecap – Disque Tapa-Buraco: 3277.80
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