Lagoa da Pampulha
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Mais de 300 espécies de animais sobrevivem na Lagoa da Pampulha!

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A Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, abriga mais de 300 espécies de animais que sobrevivem apesar dos problemas históricos de poluição.

Há peixes, cágados, jacarés, patos, capivaras, biguás e outros bichos fazendo a festa para os visitantes da lagoa e do conjunto arquitetônico moderno, da década de 1940, reconhecido como patrimônio mundial, e representando um sinal de resistência aos olhos dos moradores.

Um detalhe surpreendente nas fotos aqui apresentadas é que foram feitas perto da estação de tratamento de esgoto, nas imediações do Parque Ecológico Francisco Lins do Rêgo.

“É um universo rico, embora limitado pela poluição que chega à lagoa, principalmente pelos córregos Sarandi e Ressaca. A diversidade da fauna aquática poderia ser bem maior”, diz o biólogo Paulo Ricardo Silva Coelho, doutorando em parasitologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e que tem a represa com um dos locais para suas pesquisas. “Algumas espécies de peixes, a exemplo das tilápias, cascudos e lambaris, apresentam uma resistência aos poluentes e à baixa concentração de oxigênio dissolvido, mas nem todos têm essa capacidade”, acrescenta o especialista.

INVASORES

Os jacarés já se tornaram “celebridades” nas águas da Pampulha, pois, quando aparecem, causam sensação. Esses répteis não são nativos do lugar, havendo várias versões para o surgimento: teriam sido introduzidos por algum morador ou visitante, ou então escapado do zoológico durante um período de grave enchente, há décadas.

Especialista em parasitologia, Paulo Ricardo chama a atenção para a presença dos moluscos, entre eles o Biomphalaria, hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni, verme causador da esquistossomose, popularmente conhecida como xistose ou barriga d’água.

“Precisamos sempre alertar para esse perigo, pois há  pescadores nas margens da lagoa. Temos um cenário turístico, um patrimônio histórico importante, mas há o risco da doença, daí os cuidados permanentes”, diz o biólogo.

“A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) faz capina, mantém serviços de desassoreamento e monitora o ambiente, mas, para resolver mesmo a situação, é necessário planejamento o manejo dos afluentes que deságuam na lagoa. Do contrário, vira paliativo”, informa o biólogo.

AÇÕES SIMULTÂNEAS

A Prefeitura de Belo Horizonte, via Secretaria de Obras e Infraestrutura (Smobi) e Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), informa que são realizadas três ações simultâneas na Lagoa da Pampulha: tratamento das águas, limpeza do espelho d’água e desassoreamento.

Em nota, a PBH explica cada ação. “Os serviços de tratamento das águas da Lagoa da Pampulha continuam em andamento, com a manutenção do espelho d’água livre de florações de algas, de maus odores e de mortandade de peixes. Os serviços se mantêm com frequência diária e não houve interrupções durante esse período da pandemia.”

O contrato atual foi firmado em outubro de 2018 com o Consórcio Pampulha Viva, podendo ser prorrogado sucessivamente a cada 12 meses até o limite de 60 meses, com investimentos anuais da ordem de R$ 16 milhões por ano.

Via: https://noticias.r7.com/minas-gerais/mg-record/videos/mais-de-300-especies-de-animais-sobrevivem-na-lagoa-da-pampulha-02082022