Uma nova visão para o principal cartão-postal de Belo Horizonte
Já imaginou poder remar, velejar ou passear de barco pela Lagoa da Pampulha, algo que não é permitido desde 1968? Essa é a ambiciosa visão do prefeito Álvaro Damião, que, após visitar o espelho d’água em maio, reforçou o desejo de ver a lagoa novamente viva e integrada ao lazer da população.
Entretanto, para que esse sonho se torne realidade, é necessário enfrentar um antigo desafio: a qualidade da água. Em audiência pública realizada recentemente, vereadores, especialistas, representantes da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e do Governo de Minas discutiram soluções para combater a poluição e o assoreamento, que avançam de forma preocupante.
Situação atual: avanços e desafios
De acordo com a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, as águas da Pampulha atingiram o nível 3 de qualidade, o que permite “contato secundário”, ou seja, atividades como navegação sem imersão total do corpo. Embora o site oficial da PBH indique que a lagoa está apta até para esportes náuticos, o secretário Leandro Cesar Pereira destacou que o foco atual é manter a qualidade mínima para esse tipo de uso.
O secretário relembrou tempos em que a lagoa apresentava densa camada verde e mau cheiro próximo à Igreja de São Francisco de Assis — uma imagem que hoje pertence ao passado. Apesar disso, ainda há pontos críticos, especialmente devido ao despejo irregular de esgoto e resíduos vindos de bares na Avenida Fleming. Para combater esses focos, a prefeitura intensificou fiscalizações e a Copasa iniciou reformas na caixa de transição de esgoto de Contagem.
Alguns vereadores, no entanto, questionaram os reais avanços, afirmando que o problema apenas mudou de localização. Para responder, o secretário apresentou registros mostrando que, apesar das manchas visíveis, não há mais proliferação de algas no mesmo nível que antes, o que indicaria melhora significativa na oxigenação da água.
Tecnologia inovadora: injeção de oxigênio supersaturado
Uma das soluções propostas e que se destaca é a tecnologia usada para despoluir o Rio Pinheiros, em São Paulo, e o Córrego Joana, no Rio de Janeiro. Em ambos os casos, corpos d’água antes extremamente poluídos passaram a apresentar índices de qualidade superiores aos atuais da Lagoa da Pampulha.
A engenheira e diretora técnica da Chart Water, Paula Vilela, explicou que a técnica consiste em injetar oxigênio dissolvido em níveis supersaturados, acelerando de maneira intensa a decomposição da matéria orgânica. O resultado é uma água com maior capacidade de se autodepurar, reduzindo drasticamente o odor e melhorando o ambiente para fauna aquática.
Para especialistas, essa solução pode ser replicada em Belo Horizonte, desde que haja vontade política e recursos financeiros. Apesar de não existir “mágica”, como bem pontuou a própria engenheira, os resultados já obtidos em outras capitais brasileiras mostram que é possível revitalizar a Pampulha.
O problema do assoreamento: uma corrida contra o tempo
Além da poluição, o assoreamento da lagoa preocupa. O acúmulo de sedimentos tem reduzido gradativamente sua área. Estima-se que, se nenhuma ação for tomada, a lagoa pode se transformar em solo firme ao longo das próximas décadas.
Segundo o subsecretário de Licenciamento e Controle Ambiental, o último grande desassoreamento ocorreu entre 2014 e 2017. Após isso, contratos de manutenção foram questionados judicialmente, inclusive pelo Ministério Público Federal, que cobra a recuperação de cerca de 17 hectares da lagoa.
A necessidade de licenciamento ambiental para novos desassoreamentos também foi debatida. Enquanto representantes da PBH defendem seguir as normas vigentes, o vice-prefeito de Itaúna sugeriu que medidas emergenciais sejam avaliadas para agilizar o processo, especialmente considerando portarias estaduais que dispensariam autorizações em alguns casos.
Caminhos para o futuro: diálogo, tecnologia e preservação
Ao fim da audiência, foram apresentadas recomendações ao Executivo, incluindo a criação de um site para que a população possa acompanhar as discussões sobre a gestão da bacia hidrográfica da Pampulha. Além disso, propôs-se que o município avalie a adoção imediata de tecnologias avançadas de oxigenação e acelere o desassoreamento, buscando preservar o conjunto arquitetônico e paisagístico que é Patrimônio Mundial da UNESCO.
A Lagoa da Pampulha, além de ser um ícone arquitetônico idealizado por Oscar Niemeyer, abriga rica biodiversidade: são 149 espécies de aves, 11 mamíferos, 18 anfíbios, 13 répteis e 27 tipos de insetos, além dos peixes que vivem em abundância. A área total da bacia é de 98,4 km², dividida entre Belo Horizonte (44%) e Contagem (56%).
Conclusão: um novo capítulo para a Pampulha
A aplicação da tecnologia de oxigenação supersaturada pode ser a chave para devolver à Lagoa da Pampulha o protagonismo que ela merece, unindo preservação ambiental, turismo e lazer. Mais do que um sonho, a revitalização completa da lagoa representa uma oportunidade única para transformar Belo Horizonte em referência de sustentabilidade urbana no Brasil.
Via: https://www.cmbh.mg.gov.br/comunica%C3%A7%C3%A3o/not%C3%ADcias/2025/06/tecnologia-utilizada-em-s%C3%A3o-paulo-pode-ser-solu%C3%A7%C3%A3o-para-lagoa-da
Telefones Úteis de Belo Horizonte – Confira os principais telefones da Cidade.
A.A. Alcoólicos Anônimos: 3224.7744
Acidentes de Trânsito: 197
Aeroporto Carlos Prates: 3462.6455
Aeroporto Confins: 3689.2344
Aeroporto Pampulha: 3490.2000
AGIT – Agência de Empregos: 0800.319.020
Auxílio à Lista: 102
BH TRANS: 3277.6500
Bombeiros: 193
CEASA: 0800.315.859
CEDEC: 3236.2100
CEMIG: 0800.310.196
Centro Municipal: 3277.9777
CIT – Centro de Informações Toxicológicos: 3224.4000
COPASA: 195
Corpo de Bombeiros: 193
Correios: 159
CVV – Centro de Valorização da Vida: 3334.4111 ou 141
Defesa Civil: 199 / (31)3911.9439
DETRAN / MG: 3236.3501
Disque Denúncia: 181
Disque Direitos Humanos: 0800.311.119
Disque Ecologia: 1523
Disque Escola Segura: 0800.300.190
Disque Limpeza SLU: 3277.9388
Disque PROCOM: 3277.4548 ou 1512
Disque Sossêgo (24 horas): 3277.8100
Disque Tapa-Buracos: 3277.8000
Disque Turismo: 1677
Doação de Órgãos: 1520
Empresa Municipal de Turismo: 3277.9797
Estação Ferroviária: 3218.2255
GAPA / MG: 3271.2126
Ibama: 0800.618.080
Instituto Médico Legal: 3236.3128
Metrô: 3212.8188
MG Transplantes (Doação de órgãos): 3274.7181
Movimento de Donas de Casa e Consumidores: 3274.1033
Parque Municipal: 3277.7666
Polícia Civil:
Polícia Federal: 3330.5200
Polícia Ferroviária: 3218.2912
Polícia Militar: 190
Polícia Militar Florestal: 3483.2055
Polícia Rodoviária Estadual: 2123.1901
Polícia Rodoviária Federal: 3333.2999
Prefeitura Municipal: 156
PrevFone – Previdência Social: 0800.780.191
Primeiro Batalhão (1º BPM/PMMG): 3307.0300
Procon: 1512
Pronto Socorro: 192
Pronto Socorro (HPS João XXIII): 3239.9200
Receita Federal: 0300.78.0300
Rodoviária: 3271.3000 e 3271.8933
S.O.S Crianças: 0800.283.1244 (Centro de Referência-Denúncia)
SENAC: 0800.724.4440
SINE/MG: 2123.2415
Sudecap – Disque Tapa-Buraco: 3277.80
Tecnologia que revitalizou o Rio Pinheiros pode transformar a Lagoa da Pampulha e trazer esportes náuticos de volta
lagoadapampulha
Uma nova visão para o principal cartão-postal de Belo Horizonte
Já imaginou poder remar, velejar ou passear de barco pela Lagoa da Pampulha, algo que não é permitido desde 1968? Essa é a ambiciosa visão do prefeito Álvaro Damião, que, após visitar o espelho d’água em maio, reforçou o desejo de ver a lagoa novamente viva e integrada ao lazer da população.
Entretanto, para que esse sonho se torne realidade, é necessário enfrentar um antigo desafio: a qualidade da água. Em audiência pública realizada recentemente, vereadores, especialistas, representantes da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e do Governo de Minas discutiram soluções para combater a poluição e o assoreamento, que avançam de forma preocupante.
Situação atual: avanços e desafios
De acordo com a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, as águas da Pampulha atingiram o nível 3 de qualidade, o que permite “contato secundário”, ou seja, atividades como navegação sem imersão total do corpo. Embora o site oficial da PBH indique que a lagoa está apta até para esportes náuticos, o secretário Leandro Cesar Pereira destacou que o foco atual é manter a qualidade mínima para esse tipo de uso.
O secretário relembrou tempos em que a lagoa apresentava densa camada verde e mau cheiro próximo à Igreja de São Francisco de Assis — uma imagem que hoje pertence ao passado. Apesar disso, ainda há pontos críticos, especialmente devido ao despejo irregular de esgoto e resíduos vindos de bares na Avenida Fleming. Para combater esses focos, a prefeitura intensificou fiscalizações e a Copasa iniciou reformas na caixa de transição de esgoto de Contagem.
Alguns vereadores, no entanto, questionaram os reais avanços, afirmando que o problema apenas mudou de localização. Para responder, o secretário apresentou registros mostrando que, apesar das manchas visíveis, não há mais proliferação de algas no mesmo nível que antes, o que indicaria melhora significativa na oxigenação da água.
Tecnologia inovadora: injeção de oxigênio supersaturado
Uma das soluções propostas e que se destaca é a tecnologia usada para despoluir o Rio Pinheiros, em São Paulo, e o Córrego Joana, no Rio de Janeiro. Em ambos os casos, corpos d’água antes extremamente poluídos passaram a apresentar índices de qualidade superiores aos atuais da Lagoa da Pampulha.
A engenheira e diretora técnica da Chart Water, Paula Vilela, explicou que a técnica consiste em injetar oxigênio dissolvido em níveis supersaturados, acelerando de maneira intensa a decomposição da matéria orgânica. O resultado é uma água com maior capacidade de se autodepurar, reduzindo drasticamente o odor e melhorando o ambiente para fauna aquática.
Para especialistas, essa solução pode ser replicada em Belo Horizonte, desde que haja vontade política e recursos financeiros. Apesar de não existir “mágica”, como bem pontuou a própria engenheira, os resultados já obtidos em outras capitais brasileiras mostram que é possível revitalizar a Pampulha.
O problema do assoreamento: uma corrida contra o tempo
Além da poluição, o assoreamento da lagoa preocupa. O acúmulo de sedimentos tem reduzido gradativamente sua área. Estima-se que, se nenhuma ação for tomada, a lagoa pode se transformar em solo firme ao longo das próximas décadas.
Segundo o subsecretário de Licenciamento e Controle Ambiental, o último grande desassoreamento ocorreu entre 2014 e 2017. Após isso, contratos de manutenção foram questionados judicialmente, inclusive pelo Ministério Público Federal, que cobra a recuperação de cerca de 17 hectares da lagoa.
A necessidade de licenciamento ambiental para novos desassoreamentos também foi debatida. Enquanto representantes da PBH defendem seguir as normas vigentes, o vice-prefeito de Itaúna sugeriu que medidas emergenciais sejam avaliadas para agilizar o processo, especialmente considerando portarias estaduais que dispensariam autorizações em alguns casos.
Caminhos para o futuro: diálogo, tecnologia e preservação
Ao fim da audiência, foram apresentadas recomendações ao Executivo, incluindo a criação de um site para que a população possa acompanhar as discussões sobre a gestão da bacia hidrográfica da Pampulha. Além disso, propôs-se que o município avalie a adoção imediata de tecnologias avançadas de oxigenação e acelere o desassoreamento, buscando preservar o conjunto arquitetônico e paisagístico que é Patrimônio Mundial da UNESCO.
A Lagoa da Pampulha, além de ser um ícone arquitetônico idealizado por Oscar Niemeyer, abriga rica biodiversidade: são 149 espécies de aves, 11 mamíferos, 18 anfíbios, 13 répteis e 27 tipos de insetos, além dos peixes que vivem em abundância. A área total da bacia é de 98,4 km², dividida entre Belo Horizonte (44%) e Contagem (56%).
Conclusão: um novo capítulo para a Pampulha
A aplicação da tecnologia de oxigenação supersaturada pode ser a chave para devolver à Lagoa da Pampulha o protagonismo que ela merece, unindo preservação ambiental, turismo e lazer. Mais do que um sonho, a revitalização completa da lagoa representa uma oportunidade única para transformar Belo Horizonte em referência de sustentabilidade urbana no Brasil.
Via: https://www.cmbh.mg.gov.br/comunica%C3%A7%C3%A3o/not%C3%ADcias/2025/06/tecnologia-utilizada-em-s%C3%A3o-paulo-pode-ser-solu%C3%A7%C3%A3o-para-lagoa-da
Telefones Úteis de Belo Horizonte – Confira os principais telefones da Cidade.
A.A. Alcoólicos Anônimos: 3224.7744
Acidentes de Trânsito: 197
Aeroporto Carlos Prates: 3462.6455
Aeroporto Confins: 3689.2344
Aeroporto Pampulha: 3490.2000
AGIT – Agência de Empregos: 0800.319.020
Auxílio à Lista: 102
BH TRANS: 3277.6500
Bombeiros: 193
CEASA: 0800.315.859
CEDEC: 3236.2100
CEMIG: 0800.310.196
Centro Municipal: 3277.9777
CIT – Centro de Informações Toxicológicos: 3224.4000
COPASA: 195
Corpo de Bombeiros: 193
Correios: 159
CVV – Centro de Valorização da Vida: 3334.4111 ou 141
Defesa Civil: 199 / (31)3911.9439
DETRAN / MG: 3236.3501
Disque Denúncia: 181
Disque Direitos Humanos: 0800.311.119
Disque Ecologia: 1523
Disque Escola Segura: 0800.300.190
Disque Limpeza SLU: 3277.9388
Disque PROCOM: 3277.4548 ou 1512
Disque Sossêgo (24 horas): 3277.8100
Disque Tapa-Buracos: 3277.8000
Disque Turismo: 1677
Doação de Órgãos: 1520
Empresa Municipal de Turismo: 3277.9797
Estação Ferroviária: 3218.2255
GAPA / MG: 3271.2126
Ibama: 0800.618.080
Instituto Médico Legal: 3236.3128
Metrô: 3212.8188
MG Transplantes (Doação de órgãos): 3274.7181
Movimento de Donas de Casa e Consumidores: 3274.1033
Parque Municipal: 3277.7666
Polícia Civil:
Polícia Federal: 3330.5200
Polícia Ferroviária: 3218.2912
Polícia Militar: 190
Polícia Militar Florestal: 3483.2055
Polícia Rodoviária Estadual: 2123.1901
Polícia Rodoviária Federal: 3333.2999
Prefeitura Municipal: 156
PrevFone – Previdência Social: 0800.780.191
Primeiro Batalhão (1º BPM/PMMG): 3307.0300
Procon: 1512
Pronto Socorro: 192
Pronto Socorro (HPS João XXIII): 3239.9200
Receita Federal: 0300.78.0300
Rodoviária: 3271.3000 e 3271.8933
S.O.S Crianças: 0800.283.1244 (Centro de Referência-Denúncia)
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