Na terça-feira passada, um momento crucial ocorreu na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Belo Horizonte. O ex-prefeito da cidade, Marcio Lacerda, compareceu para prestar depoimento sobre os contratos de despoluição da Lagoa da Pampulha. Durante seu período à frente da gestão da capital, Lacerda atribuiu à Copasa a responsabilidade pela limpeza desse icônico cartão-postal.
Assumindo o cargo de prefeito em 2009 e sendo reeleito em 2012, Lacerda permaneceu no comando até 2016. Durante seu mandato, ele enfatizou a despoluição da Lagoa da Pampulha como uma prioridade essencial. No entanto, de acordo com suas declarações, a Copasa não cumpriu os compromissos estabelecidos em contrato, levando a Prefeitura a assumir a responsabilidade.
É inegável o valor histórico e ambiental da Lagoa da Pampulha para Belo Horizonte. O desejo de revitalizar e preservar esse patrimônio natural foi uma meta importante para a gestão de Lacerda. No entanto, as falhas no cumprimento dos compromissos contratuais por parte da Copasa levaram a uma situação em que a própria Prefeitura precisou intervir para garantir a efetivação da despoluição.
Esse depoimento é um marco na investigação em curso, fornecendo um panorama claro das responsabilidades atribuídas à Copasa no processo de despoluição da Lagoa da Pampulha. A transparência e a prestação de contas são fundamentais para o bom funcionamento das instituições públicas e para a confiança da população na gestão dos recursos e do meio ambiente.
À medida que a CPI avança em suas investigações, é esperado que mais informações venham à tona, permitindo uma compreensão mais abrangente dos eventos relacionados à despoluição da Lagoa da Pampulha durante a gestão de Marcio Lacerda. O objetivo final é encontrar soluções adequadas para preservar esse importante ponto turístico e garantir que as responsabilidades sejam devidamente atribuídas, assegurando o bem-estar e o desenvolvimento sustentável da cidade.
De 2011 a 2014, a Copasa teria se comprometido a captar 95% do esgoto despejado na Lagoa, o que não foi cumprido pela estatal mineira. “Ela disse que fez isso em 2016, mas o Ricardo Aroeira, em depoimento aqui na Câmara, disse que foi só em 2020”, declarou o ex-prefeito.
“A paralisação da licitação foi uma avaliação em não assumir custos elevados ao ter elementos de que a Copasa não estava honrando os compromissos. Mas tínhamos uma candidatura (Patrimônio da Humanidade) da cidade que iria ocorrer logo à frente e precisávamos achar uma resposta para a Unesco”, continuou ele.
Marcio Lacerda pode ser o último depoente da Comissão antes do relatório final ser elaborado e votado. Seguindo os prazos estipulados, pessoas e empresas podem ser indiciadas já no mês de julho.
Via: https://aqui.uai.com.br/cidades/limpeza-da-lagoa-da-pampulha-era-papel-da-copasa-diz-ex-prefeito-de-bh/
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