Monitoramento confirma avanço histórico na qualidade da água da Lagoa da Pampulha

Relatório aponta nível “Ótimo” na estação do PIC e crescimento de 40% no acesso à Tarifa Social na região da bacia

A Lagoa da Pampulha, um dos mais emblemáticos cartões-postais de Minas Gerais, registra um momento decisivo em sua recuperação ambiental. O 10º Relatório Trimestral do Plano de Ação da Bacia da Pampulha, divulgado pela Copasa, revela que o monitoramento realizado na estação localizada no Pampulha Iate Clube (PIC) atingiu a classificação “Ótima” na avaliação da qualidade da água.

O resultado reafirma a efetividade das ações integradas de saneamento e despoluição conduzidas pela Copasa em parceria com as prefeituras de Belo Horizonte e Contagem, consolidando uma tendência de evolução constante no ecossistema da bacia.

Qualidade hídrica apresenta melhora consistente

No panorama geral da bacia, o monitoramento do trimestre evidencia avanços expressivos: 90% das amostras analisadas nos cursos d’água foram classificadas entre “aceitável”, “bom” ou “ótimo”, demonstrando uma recuperação contínua.

Dois córregos merecem destaque:

• Córrego Tijuco (Belo Horizonte): retornou à faixa de qualidade “Boa”;

• Córrego João Gomes (Contagem): avançou de “ruim” para “aceitável”, após quatro trimestres consecutivos de melhorias.

Os dados reforçam que o conjunto de intervenções ambientais e estruturais vem modificando, de forma significativa, as condições da bacia hidrográfica.

Barreira física contém resíduos e melhora eficiência da Etaf

Além do tratamento de esgoto, a Copasa intensifica ações de contenção de resíduos sólidos por meio da Estação de Tratamento de Águas Fluviais (Etaf), responsável por tratar as águas dos córregos Ressaca e Sarandi antes que cheguem à lagoa.

Nos últimos 12 meses, a unidade retirou aproximadamente 1.350 toneladas de resíduos orgânicos e inorgânicos, impedindo que esses materiais impactassem o ecossistema da Pampulha.

Com vazão média de 555 litros por segundo, a Etaf se destaca também pela eficiência operacional. Seu sistema de reuso interno permite a economia de mais de 568 mil litros de água potável por mês, reforçando o compromisso ambiental do projeto.

Sustentabilidade e inclusão social caminhando juntas

O relatório evidencia que a recuperação da Pampulha vai além do aspecto ambiental: ela também promove impacto social positivo. Desde o início do programa, o número de famílias beneficiadas pela Tarifa Social na área da bacia aumentou 40%, totalizando mais de 16,6 mil imóveis atendidos com subsídio nas contas de água e esgoto.

Para famílias localizadas em Áreas de Interesse Social (AIS), a Copasa mantém condições especiais de negociação, que incluem entrada de R$ 60 e congelamento do restante do débito, medida essencial para garantir acesso contínuo ao saneamento básico para populações vulneráveis.

As ações de mobilização e educação ambiental também seguem intensas: mais de 300 visitas domiciliares foram realizadas somente no último trimestre, estimulando o engajamento da comunidade na preservação da lagoa e de seu entorno.

Um patrimônio revitalizado

Os novos indicadores mostram que a Lagoa da Pampulha vive um período de transformação concreta, impulsionada por esforços contínuos, tecnologia, gestão integrada e participação social. A classificação “Ótima” na estação do PIC, aliada à melhoria nos cursos d’água da bacia e ao fortalecimento das políticas sociais, aponta para um futuro em que preservação, inclusão e qualidade de vida caminham lado a lado.

Via: https://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/monitoramento-aponta-nivel-otimo-de-qualidade-da-agua-na-lagoa-da-pampulha

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