Lagoa da Pampulha
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin

Igreja São Francisco de Assis

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin

Igreja São Francisco de Assis

Um dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte, a Igreja São Francisco de Assis, também conhecida como Igreja da Pampulha, foi inaugurada em 1959 e é a principal obra-prima do Conjunto Arquitetônico.

A Capela Curial de São Francisco de Assis (elevada em 4/10/2021 a Santuário Arquidiocesano São Francisco de Assis) é o edifício mais conhecido do Conjunto Moderno da Pampulha. Com solução arquitetônica inventiva e original, o prédio, considerado por muitos como a obra-prima do complexo, representa o casamento entre a arquitetura, estrutura e obras de arte. Em seu edifício de vanguarda, ousado nas formas, as paredes se tornam suporte para pinturas, esculturas, mosaicos e murais de azulejos instalados de forma harmônica.

O edifício está situado em uma península larga, em meio a um grande jardim projetado por Burle Marx, e tem sua entrada voltada para o nascer do sol e para a lagoa da Pampulha. Suas cinco “cascas” articuladas, com diferentes alturas, encaixam-se formando os espaços que guardam obras de arte como o painel pictórico e o painel de azulejos, em que Portinari retrata São Francisco; a Via Sacra, também de Portinari; os mosaicos azuis de Paulo Werneck, que se tornaram uma referência e parte da identidade marcante da Igreja; e o batistério em baixo relevo em bronze de Alfredo Ceschiatti, que retrata passagens bíblicas sobre Adão e Eva.

Muitos elementos existentes na composição arquitetônica do Santuário Arquidiocesano São Francisco de Assis fazem alusão às tradições da arquitetura religiosa mineira e franciscana, das quais Niemeyer extrai referências do programa arquitetônico tradicional, com adro, cruzeiro, campanário, átrio, coro, nave, púlpito, arco cruzeiro, altar mor e sacristia. No entanto, seu desenho inusitado e inovador acabou por sobressair às referências de religiosidade e seus elementos sacros tradicionais, gerando incompreensão. Esse estranhamento provocou o adiamento de sua sagração pela Igreja Católica por vários anos e, consequentemente, de sua abertura ao público.

A polêmica em torno da sagração da Igreja e o medo de que o edifício recém-construído fosse destruído motivaram, em dezembro de 1947, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) a inserir a edificação na lista de bens culturais protegidos no Brasil por tombamento. Uma decisão inédita, à frente de seu tempo, que tinha como objetivo salvar a Igreja.

Além de atrair visitantes do mundo todo, interessados em conhecer de perto seu rico acervo arquitetônico e artístico, o espaço guarda seu uso como templo religioso, sendo local de celebrações como missas, casamentos e batizados.

Praça Dino Barbieri

A Praça Dino Barbieri foi concebida originalmente como parte integrante dos jardins da Igreja de São Francisco de Assis, apresentando integração formal e continuidade paisagística entre a Praça e a Igreja.

A área, hoje denominada Praça Dino Barbieri, se apresentava no primeiro projeto de Burle Marx como um grande parque, com mais de 100 espécies florais, entre árvores (fícus, quaresmeiras e mangueiras, entre outras), arbustos e forrações, além de um viveiro para 36 espécies de aves com plumagem de coloração viva e variada e espaços para instalação de aparelhos de ginástica, por exemplo.

O projeto acabou sofrendo modificações desde a sua concepção e nunca chegou a ser implantado em sua plenitude. Os jardins foram executados com formatos diferentes, com alargamento das áreas de circulação e alterações nas formas dos canteiros, além da substituição de plantas especificadas, mas mantendo aspectos compositivos e conceituais importantes, como a sinuosidade, a assimetria e a variedade de cores e massas de vegetação.

Igreja São Francisco de Assis, Pampulha

Cândido Portinari criou o painel externo em azulejo azul e branco que retrata cenas da vida de São Francisco, além do mural do altar principal, os 14 pequenos quadros da Via Sacra e o painel em cerâmica que reveste o púlpito, na parede exterior do batistério e no balcão da Igreja São Francisco de Assis: Roberto Castro / Acervo MTur

Pela proximidade com o Santuário Arquidiocesano São Francisco de Assis, a praça é um dos espaços públicos que mais recebe visitantes e eventos do Conjunto.

Casa do Baile

Além de projetada por Oscar Niemeyer, a igreja abriga em seu interior a Via-Sacra, composta por quatorze painéis de Cândido Portinari, que também assina os painéis externos. Os jardins são assinados por Burle Marx e os baixos-relevos em bronze foram esculpidos por Alfredo Ceschiatti.

Missas são celebradas na igreja às terças-feiras, às 20h e aos domingos, missa às 10h, com entrada franca.

Clique nas imagens para ampliar
Horário de Funcionamento para visitação: segunda a sábado e feriados das 8h às 17h, e aos domingos das 8h às 14h.
Endereço: Avenida Otacílio Negrão de Lima, 3000 – Pampulha
Telefone: 31 3427-1644