Lagoa da Pampulha
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Lagoa da Pampulha limpa é dever público e da população, dizem Visitantes!

Lagoa da Pampulha limpa é dever público e da população, dizem Visitantes!

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Além da sujeira, ambulantes reclamam da falta de banheiros químicos durante a semana.

Digite lagoa da Pampulha no Google. “Por que ela fede?” e “Por que não pode nadar?” aparecem como perguntas frequentes de usuários. Um dos principais cartões-postais de Belo Horizonte é visita indispensável de turistas, e programa querido de quem pratica atividades físicas ou busca apenas relaxar e tomar uma água de coco. O espaço, porém, precisa de mais cuidado, como sugerem entrevistados consultados pela reportagem no local, neste domingo (26). A reserva d’água é alvo de uma CPI na Câmara Municipal. 

“É aquele cheiro de algo podre, de peixe morto. Além disso, não tem ninguém para orientar e fiscalizar os visitantes sobre o lixo que eles deixam aqui”, relatou a gerente operacional Grace Kelly Duarte, de 40 anos. Ela mora na região Centro-Sul da capital com os filhos, Bela e Bernardo, e o marido, Thiago; e trouxe a mãe, Maria Antônia, que é de Conselheiro Lafaiete, na região Central, para conhecer a lagoa.

É hábito da profissional de educação física Érica Borher, de 45 anos, trazer as filhas, Beatriz e Milena, para realizar atividades diversas no destino turístico. Desta vez, elas escolheram um carro de pedal para passear. Ela lamenta o descuido com a área. “Esse problema (do odor) é de anos, a gente sabe da dificuldade de evitar que o esgoto e detritos caiam na lagoa, e também do excesso de algas, que causam esse cheiro. É uma paisagem maravilhosa, mas há dias que, realmente, o cheiro atrapalha um pouco. São coisas que dependem muito do poder público e de conscientização da população”, afirmou.

Venda cai, falta banheiro

O ambulante Carlos (nome fictício) atua há mais de 20 anos na orla, com a venda alternada de pipoca, água e água de coco. Segundo ele, que não quis se identificar por temer a perda do alvará do carrinho, a venda cai nas épocas em que o tempo está mais seco e, portanto, com odor mais forte, segundo ele.

Outro problema levantado pelo vendedor é a falta de banheiros para os trabalhadores e visitantes. “Se você reparar vai ver que só tem dois banheiros químicos. E só no sábado e domingo. Eu trabalho aqui todos os dias. Sabe como faço nos outros dias? Não faço. Seguro o xixi”, afirmou. A reportagem localizou apenas dois banheiros químicos nas proximidades da igrejinha da Pampulha.

A comerciante Paula (nome fictício) disse que as vendas caem no período em que o fedor é maior. “A pessoa passa e desanima. Vai embora. É que o cheiro fica muito forte, mesmo”, declarou.

Fim de contrato

Nesta semana, o prefeito de Betim, na Região Metropolitana de BH, Vittorio Medioli (sem partido), afirmou que, caso fosse prefeito da capital, rescindiria o contrato vigente entre o Executivo e o Consórcio Pampulha Viva, que tem a missão de tratar o espelho d’água. A fala ocorreu durante depoimento à CPI da lagoa da Pampulha. O acordo foi firmado em 2018, com validade de 12 meses, mas foi prorrogado por, pelo menos, três vezes.

A reportagem procurou a PBH e questionou sobre a limpeza da lagoa, bem como sobre a quantidade de banheiros químicos no ponto turístico, e existência de fiscais para evitar o lançamento de lixo na água, e aguarda retorno.

Via: https://www.otempo.com.br/cidades/pampulha-lagoa-limpa-e-dever-publico-e-da-populacao-dizem-visitantes-1.2820148